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Hipismo vegano: o que é, como surgiu e onde praticar

  • Foto do escritor: Hellen Cardoso
    Hellen Cardoso
  • 25 de mai.
  • 3 min de leitura

Mulher praticando hipismo vegano

O hipismo vegano é uma vertente emergente dentro da equitação que busca conciliar a paixão pelos cavalos com os princípios do veganismo, priorizando o bem-estar e a autonomia dos animais em todas as etapas da prática. O tema tem gerado curiosidade e polêmicas: é possível praticar hipismo sendo vegano? Como respeitar a liberdade do cavalo nesse contexto? Onde e como essa modalidade vem sendo praticada?


Neste artigo, vamos explorar desde a origem do hipismo vegano até seus impactos e perspectivas para o futuro, passando pelas formas de praticá-lo de forma ética e consciente.



O que é hipismo vegano e como surgiu


O hipismo vegano é um estilo de relação com os cavalos em que o cavaleiro ou amazona adota os princípios do veganismo também na interação esportiva. Isso inclui o uso de equipamentos livres de materiais de origem animal (como couro), o respeito à vontade do cavalo em participar das atividades e a rejeição de métodos coercitivos ou punitivos.


Esse movimento ganhou força com o crescimento do veganismo ao redor do mundo e com o aumento do questionamento sobre o uso esportivo de animais. A origem do termo está ligada a praticantes de equitação natural, equitação positiva e horsemanship que também adotaram o veganismo como estilo de vida.



Mas afinal, um vegano pode andar a cavalo?


Essa é uma das dúvidas mais frequentes. Dentro do próprio movimento vegano existem divergências: alguns acreditam que qualquer uso de animais, mesmo com consentimento e sem exploração, é eticamente inaceitável. Outros defendem que, se houver uma relação de respeito e liberdade, a prática pode ser compatível com os princípios veganos.


No hipismo vegano, a ideia é que o cavalo seja tratado como parceiro e não como ferramenta. Não há imposição de atividades e o cavalo pode se recusar a participar sem sofrer punições. A montaria é realizada somente quando há sinais claros de que o cavalo está disposto e em bem-estar físico e emocional.



Onde praticar equitação vegana e quais eventos existem


A equitação vegana ainda é uma prática minoritária, mas vem ganhando espaço principalmente em países como Alemanha, Suécia, Canadá e Austrália — regiões com alto nível de consciência ambiental e forte presença da cultura vegana. No Brasil, algumas iniciativas de equitação natural e centros de horsemanship positivo já adotam princípios semelhantes.


Existem pequenos encontros e campeonatos de hipismo vegano, focados mais em apresentações de harmonia entre cavalo e cavaleiro do que em competições tradicionais. As Olímpiadas de hipismo vegano ainda não existem oficialmente, mas há um movimento crescente em prol de eventos mais éticos e sustentáveis no cenário equestre.


Em geral, os praticantes preferem atividades como trilhas, treinos de liberdade, groundwork e interações não montadas. Também há um cuidado rigoroso com a escolha dos equipamentos: selas, freios e vestuários são confeccionados com materiais alternativos ao couro, como tecidos sintéticos, biocouro e algodão cru.



O impacto e o futuro do hipismo vegano


O impacto do hipismo vegano está em sua proposta de reformular a forma como interagimos com os cavalos. Ao retirar a obrigatoriedade da montaria e promover um relacionamento baseado em comunicação e liberdade, essa abordagem amplia a discussão sobre o papel dos animais nos esportes.


Ainda que seja uma prática de nicho, o hipismo vegano tem influenciado debates importantes sobre bem-estar animal, sustentabilidade e ética na equitação. Seu futuro depende do diálogo entre tradição e inovação, e da disposição de cavaleiros, treinadores e instituições em repensar suas práticas.


Com o crescimento do veganismo e a busca por um estilo de vida mais harmonioso com a natureza, é possível que o hipismo vegano ganhe cada vez mais adeptos, abrindo caminho para uma nova forma de conviver com a essência nobre dos cavalos.



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